sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Policia, quem precisa?

Alessandro de Moura


A policia é o cão de guarda da burguesia. Este corpo armado existe para reprimir a luta da classe trabalhadora rural e urbana. Existe para garantir a manutenção da propriedade privada, a existência do patronato e da burguesia. A policia não existe para o desenvolvimento geral da humanidade.

É claro que lutar pela dissolução da policia NÃO SIGNIFICA defender a impunidade e a violência de criminosos e traficantes sobre a classe trabalhadora. Todos os crimes devem ser julgados e sentenciados pela comunidade auto-organizada.
Além da luta pela legalização das drogas, é necessário organizar comissões de trabalhadores/as, sindicatos, comunidades e escolas para avança na expropriação dos bens do narcotráfico e dos políticos, empresários, bancos e patrões que são cúmplices e lavam dinheiro do narcotráfico. É necessário impulsionarmos comitês contra a militarização da sociedade. Os trabalhadores precisam organizar sua própria defesa, independente dos interesses da burguesia, do patronato e dos ricos. A autodefesa deve ser baseada na organização dos sindicatos, locais de trabalho, escolas e comunidades, para que os explorados e oprimidos possam defender-se da violência que é exercida por grupos dos narcotraficantes, policiais militares e grupos para-militares. Apenas com a organização de autodefesa articulada a um grande movimento democrático poderemos lutar conseqüentemente contra a militarização da sociedade e a criminalização dos movimentos sociais.
O papel da policia não é servir a comunidade, não está a serviço das diversas frações da classe trabalhadora. Este é um mero disfarce que acoberta sua essência social vital.

Não podemos esquecer que é a polícia que reprime as manifestações dos movimentos sociais. Em defesa dos latifundiários reprime os trabalhadores e trabalhadoras sem terra (MST). Em defesa do patronato reprime grevistas e piqueteiros. Reprime ocupações. Obriga trabalhadores e trabalhadoras grevistas a voltarem para seus postos de trabalho. Reprime o movimento estudantil que luta por melhores condições educacionais. Reprime as professoras e professores das escolas públicas que lutam por melhores condições de trabalho. Ao mesmo tempo, utilizam seu aparato repressivo para assegurar que nazistas e facistas possam expressar-se livremente contra imigrantes, negros e homossexuais. A polícia é um freio burguês que impede o exercício da liberdade pela classe trabalhadora. É necessário dissolver a policia, substituí-la pela auto-organização comunitária.

É preciso ter claro o papel que cumpre a policia, e a violência policial, para a manutenção da ordem de classes, da super-exploração e da desigualdade sócio-econômica. A burguesia, o patronato, os latifundiários tornam-se muito vulneráveis sem o aparato repressivo armado. A defesa da policia, e logo da ordem burguesa é um opção de classe. Ficar ao lado da policia significa, de forma mais profunda, passiva ou ativamente, ficar ao lado do patronato, da burguesia, dos ricos e dos latifundiários. Quem defende a policia, de forma direta ou indireta, faz coro com a aceitação da violência policial que é levada a cabo dia-a-dia nas periferias brasileiras e nas manifestações políticas da classe trabalhadora e da população pobre. É necessário defender a liberdade organizativa e reivindicativa da classe trabalhadora rural e urbana. É necessário combater e defender a luta e a auto-organização das frações da sociedade que vivem em condições precárias. Por isso é necessário gritar em auto e bom som: Abaixo a policia! Abaixo todo aparato repressivo do Estado burguês.
Fora as UPPs!

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