sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Lula e o SUS

Alessandro de Moura

Milhares de brasileiras e brasileiros utilizam o sistema público de saúde, administrado pelo governo Lula durante oito anos. Circulou pela internet a frase "Lula, faça seu tratamento pelo SUS". Muitas pessoas demonstraram espantadas com frases como estas. Mas porquê? Claro que não queremos que nenhuma pessoa morra por causa de doença alguma nas filas do SUS. Mas, quem trabalha ou já trabalhou no SUS, quem já utilizou, ou utiliza seus serviços, pôde e pode ainda presenciar e viver experiências calamitosas em seus corredores e leitos.
Mesmo com toda a precariedade de seus serviços, devemos defender a constituição de um sistema de saúde eficiente, gratuito que atenda a demanda de toda a população no país. Para isso é necessário investir muitos mais recursos na área da saúde, e por outro lado deveríamos deixar de emprestar dinheiro a banqueiros, empresários, como Eike Batista (http://www.ler-qi.org/spip.php?article2029)) e empreiteiras com isso sobraria muito mais recursos para investir em saúde, educação e moradia. (http://www.ler-qi.org/spip.php?article2910)
Lula foi presidente do Brasil durante oito anos, e assim como todos os outros presidentes anteriores, esquivou-se de resolver os principais problemas da saúde pública no país, e ainda, quando profissionais da saúde saiam em greve o governo defendia que seus salários fossem cortados! Ai fica o sentimento que Lula, assim como toda a camada da classe dominante que administra e governa nosso país, não dão a mínima atenção para os serviço básicos necessários a classe trabalhadora e ao restante da população brasileira, por dois motivos principais, um porque defendem o Estado Mínimo (neoliberalismo = poucos gastos sociais e muitos empréstimos para empresários, banqueiros e milionários especuladores), e também porque tem muito dinheiro para pagar por tais serviços básicos. Parece até que o SUS está bom do jeito que está para a população, mas quem administra o SUS e as Escolas públicas, que passar longe destas instituições.
Muita gente ficou assustada com a indicação do SUS como forma de tratamento, pois sabem que se isso realmente fosse feito, respeitando a fila, o quadro do ex-presidente poderia agravar-se muito. Lula pode tratar-se com especialistas do Brasil e do Exterior imediatamente. Mas o que fazer no caso da maior parcela da população brasileira que vive de salários e nunca foi presidente? Por um sistema de Saúde Público, Gratuito, de Qualidade e acessível a toda população!

Polícia na USP, bom para quem?

Alessandro de Moura

Na ultima quinta-feira 27/10, a Polícia novamente reprimiu com bombas de gás, cassetetes e balas de borracha os estudantes da USP. Estes por sua vez deliberaram em assembléia pela ocupação da FFLCH (http://www.ler-qi.org/spip.php?article3179). Também em 2007 a Polícia tentava invadir a USP para por fim em uma das mais importantes mobilizações protagonizadas pelo Movimento Estudantil brasileiro  que lutava contra os "Decretos Serra" que atacavam frontalmente a autonomia Didática, cientifica e política das universidades. Frente o envolvimento de amplos contingentes sociais a Reitoria, o Governo e seu braço armado foram obrigados a recuar taticamente.
O mesmo não se deu no caso da ocupação estudantil na UNESP de Araraquara, onde o movimento estudantil ocupava a universidade em apoio a USP e contra os decretos. A Polícia invadiu o campus e prendeu os estudantes em um ônibus, depois a direção da faculdade abriu várias sindicâncias e efetuou expulsões. Ainda no mesmo ano na UNESP de Marília, um professor propunha a entrada da Policia Militar no campus. Os estudantes se organizaram em assembléias e consegui reverter a proposta da congregação e obrigou a reitoria e a direção da unidade a retrocederem.
Em 2009 a Policia Militar já havia entrado na USP agredindo duramente estudantes, trabalhadoras e trabalhadores ativistas. Era necessário fazer refluir a militância agrupada em torno do SINTUSP, um dos sindicatos mais combativos do país, que tem travado lutas importantes nos últimos anos contra a precarização do trabalho e a favor do livre acesso as universidades. Uma significativa campanha foi feita na ocasião contra a entrada da Polícia no campus, intelectuais, trabalhadoras, trabalhadores e estudantes de muitas universidades engajaram-se nesta luta.
Mas a reitoria e o governo do Estado não se deram por vencidos. Este ano, utilizando-se de forma oportunista de um trágico assalto seguido de assassinato ocorrido no campus (http://ler-qi.org/spip.php?article2935) criaram-se condições para que a Reitoria e o Governo do Estado pudessem militarizar a USP de forma permanente. Em um momento de comoção e fragilidade social, argumentando aumentar a segurança dentro do campus, tornava-se possível manter forte policiamento em torno das/dos estudantes ativistas, trabalhadoras e trabalhadores militantes. A luta protagonizada pelas trabalhadoras e trabalhadores terceirizados (http://www.ler-qi.org/spip.php?article2867) reforçava a convicção da REItoria de militarização do campus como forma de intensificar o controle político sobre esta universidade. A Polícia atua na USP buscando domesticar trabalhadores e estudantes em prol de um projeto de universidade elitista a serviço das multinacionais, do empresariado, do patronato industrial e agrário, para isto faz-se necessário reprimir os setores que se opõem.
A militarização da USP está totalmente associada à ofensiva repressiva da reitoria aos lutadores do Sintusp e aos estudantes. Por isso, junto ao “Fora PM!” é necessário lutar contra a repressão aos lutadores. A mesma polícia que está a serviço de defender os interesses dos capitalistas e empresários e que reprimi e assassina cotidianamente a população pobre e negra da periferia e dos morros não pode nos proteger.
Também não podemos aceitar que a polícia prenda estudantes que utlizam drogas. Devemos defender que as drogas sejam legalizadas. A legalização das drogas levaria certamente a diminuição da violência e da criminalidade. Veja a entrevista: http://www.youtube.com/watch?v=vVVgsqzEh-E . Leia também : http://www.ler-qi.org/spip.php?article2923
É a autocrática estrutura de poder da universidade que viabiliza a entrada da policia na USP. Lutar contra o Fora PM é também lutar para por abaixo essa estrutura de poder proveniente do período anterior a Revolução Francesa, que instituiu o sufrágio universal. Nesse sentido, é preciso erguer uma estrutura de poder verdadeiramente democrática. Fora Rodas! Por uma assembléia constituinte de toda a USP, onde cada estudante, professor e funcionário valham um voto!
FORA POLICIA! PELA REVOGAÇÃO DO CONVÊNIO REITORIA-PM!
NENHUMA REPRESSÃO AOS LUTADORES! POR DE PÉ UMA GRANDE CAMPANHA ATIVA EM DEFESA DOS LUTADORES! ABAIXO OS PROCESSOS FARSAS!
FORA RODAS! FORA SANDRA NITRINI!

Revista Veja CONTRA as professoras e professores da rede pública de educação

Alessandro de Moura

A edição da Revista Veja desta semana, distribuída nas escolas públicas mediante financiamento do Governo do Estado e prefeituras, traz uma reportagem que estampa uma foto da greve dos professores da rede pública de minas gerais. No entanto, o titulo da reportagem é “O ROMBO DA EDUCAÇÃO É O CABIDE DE EMPREGOS DE 46 BILHÕES DE REAIS”, o artigo escrito pelo economista Gustavo Ioschpe inicialmente critica o suposto inchaço do quadro de funcionário das escolas, motivo pelo qual, segundo o autor a “educação vai tão mal”. No entanto, não diz nada sobre quantos estudantes existem para cada professor em sala de aula (proporção professor/estudantes), nem tampouco que cada escola deve ter autonomia para definir o número de funcionários que se necessita em cada instituição escolar. Furta-se de discutir os problemas e as condições estruturais da escola, número de estudantes por sala, salários, democracia no interior da instituição escolar, etc. Estas estão entre as principais reivindicações dos professores e professoras que saíram em greve em Mina Gerais, greve que durou 112 dias (http://www.ler-qi.org/spip.php?article3143) e também na greve dos professores eprofessoras no Ceará, que foram duramente reprimidos pelo Estado.
O artigo da revista reclama dos salários que são pagos aos trabalhadores da educação, mas não fala que cada deputado ou senador. Segundo dados do Inesp (http://www.inesc.org.br/noticias/noticias-gerais/2008/abril/cada-deputado-federal-custa-r-1-4-milhao-por-ano/), em 2008, quando cada deputado recebia 16.500 reais por mês, somados seus benefícios, cada deputado custava UM Milhão e meio ao ano aos cofres públicos. Agora seus salários são de 27.000 reais ao mês. Segundo dados do DIAP (http://www.diap.org.br/index.php/legislativo/custo-do-deputado-ou-senador), a União gasta por ano R$ 6,6 milhões para cada um dos 513 deputados federais. Soma-se a isso o que gastamos com os salários, benefícios e encargos gerados pelos 81 senadores. Segundo o DIAP são mais R$ 33,4 milhões para cada um dos 81 senadores. Veja o brevissimo video: http://www.youtube.com/watch?v=W88n0qpRCww&feature=related
Os deputados, senadores e demais representantes públicos, assim como os professores e professoras, deveriam ter como salário base o salário mínimo estipulado pelo DIEESE.
O próprio autor do artigo afirma que o salário dos professores da rede pública é de 2.262 reais. Mas essa afirmação também não é correta. Com tal afirmação errônea a Revista diz para o leitor tomar “Cuidado com os discursos do pessoal que fala do ‘salário de fome’”. O nível salarial varia por Estados, por exemplo, em Minas Gerais as professoras e professores recebem, em média 750 reais, por 18 aulas. No Estado de São Paulo recebemos 1834 reais por 40 horas semanais. Esse valor corresponde a salário mais gratificações. No entanto, ainda temos salários mais baixos, segundo dados da CUT (central sindical governista), no Ceará, por 40 h. semanais, professores e professoras recebem 1.320, no Rio Grande do Sul 1269, na Paraíba 1243, no Rio Grande do Norte 1157, em Goiás 1084, e em Pernambuco as professoras e professores recebem 1016 por 40h. semanais. (http://www.slideshare.net/pierrelucena/pesquisa-salarial-professores-das-redes-estaduais)
Principalmente a partir da década de 1980, período de grande altas inflacionárias, os salários dos professores foi muito desvalorizado, as quedas no salário real foram aprofundando-se ano a ano. Hoje, a hora trabalho/hora aula dos professores é muito menor do que a taxa salarial de outros profissionais com mesmo nível de estudo.
No Estado de São Paulo temos uma grande variedade de formas contratos que possibilitam ao governo do Estado pagar baixos salários, e terceiriza mão de obra. Hoje apenas 50% da categoria tem emprego efetivo, e o restante da categoria vive de contratos temporários precarizados. Como a categoria Ó que tem contrato de um ano para cobrir licenças, ou os eventuais que recebem cerca de 7 reais por aula.
Mesmo com as greves que vem sendo realizadas, o Estado tem conseguindo manter a educação em precárias condições estruturais, mantém as salas de aulas superlotadas, falta de materiais didático-pedagógicos, baixos salários e ainda desconta dias parados em caso de greve, punindo os que ousam lutar por condições melhores de ensino, ferindo inclusive o direito de greve conquistado durante a década de 1980. As condições precárias de ensino causam estresse em estudantes, professores e funcionários, constrói-se um quadro caótico nas instituições escolares brasileiras.
Outro agravante nesta situação é que as manobras do Estado são pactuadas com a burocracia sindical que dirige o sindicato dos professores APOESP. Sua direção majoritária sobrevive as custas de pactos e negociatas com as bancadas parlamentares, políticos que servem a patronal e a burguesia, que por sua vez serve ao cartel das escolas e instituições particulares. Frente a tal quadro, os trabalhadores e trabalhadoras da educação vem sofrendo derrotas consecutivas. A burocracia sindical, recebendo contrapartidas, alimenta a descredibilidade das mobilizações da categoria, fazendo com que o professorado deixe de acreditar em suas próprias forças. Ainda assim, neste ano os professores e professoras fizeram greves, piquetes e ocupações por melhores condições de ensino e estudo. O aparato policial, que agiu como o cão de guarda da burguesia reprimindo violentamente as manifestações. Isso precisa mudar, os trabalhadores da educação precisam de um sindicato que lute por suas pautas históricas e imediatas, independente dos interesses dos governos e da patronal que a Revista Veja defende a décadas. Por meio da agrupação Professores pela Base (http://professorespelabase.blogspot.com/), nos colocamos impulcionamos as luas dos professores e professoras, combatendo o sindicalismo pelego, o patronato e o governo.

Zé Celso, Rock in Rio e a subversão com fogo encantado

Alessandro de Moura

Ao que tudo indica Zé Celso e a companhia do Teatro Oficina (http://www.youtube.com/watch?v=gM0JnqwK880) pode ter conseguido uma vitória parcial em sua longa luta contra o SBT e o Grupo Silvio Santos. A vitória é pequena, porém muito saborosa. Mais saborosa que uma jabuticaba, uma pitanga ou uma azeitona. Poucas coisas são tão prazerosas como empreender uma derrota aos distintos cavalheiros do algodão, aos heróis do ferro, e aos proprietários dos monopólios modernos.
Ao mesmo tempo em que assistimos da platéia esta vitória do Teatro Oficina, somos espectadores de uma derrota que se materializa nos morros cariocas frente ao Rock in Rio. Esta faz com que nos lembremos que ainda permanecesse o monopólio dos meios de comunicação e de produção artística. Os artistas e afins não podem deixar de inquietar-se frente a tal acontecimento. Até bem pouco tempo atrás muitos Monstros do Rock uniam-se e se pronunciavam contra a ordem, contra a Guerra no Vietnã, como fez Jimi Hendrix (http://www.youtube.com/watch?v=lK92W2RzbjE), contra Guerra no Golfo, contra a ocupação no Iraque, como Rage Against The Machine (http://www.youtube.com/watch?v=3gRIAhrteoQ) e muitos outros. No Rock in Rio, roqueiros em estado de rebelação entoavam cantos, gritos, berros e solos de guitarra contra a polícia, os dogmas religiosos, o capitalismo e a desigualdade. Revoltavam-se contra a miséria e falta de perspectiva da vidinha pequeno burguesa. Para nosso dissabor, os canais de televisão utilizam hoje estes espaços (construídos outrora pela juventude rebelde) para difusão de ideologias e formas de ser conservadoras, que muitas vezes reproduzem elementos machistas e homofóbicos durante noite e dia. A edição 2011 do Rock in Rio acontece simultaneamente com a ocupação dos morros pelo Exército e a Polícia Militar, a população dos morros se revolta, mas a maioria dos artistas não consegue ser porta-voz destes sentimentos de indignação. A televisão burguesa especializou-se em difusão de preconceitos seculares em formato pseudo-dramático, pseudo-tragédia,  pseudo-farsa, ou simplesmente pseudo-comédia. Lutam ainda para fazer o mesmo com os mais variados artistas e suas produções.
Após trinta anos sem revolução, acobertada sob o véu da forma artística, a maioria esmagadora das produções são pressionadas por todos os lados, dia-a-dia, corriqueira e repetidamente a apresentarem-se castradas de ousadia, se sonho e de fantasia. Sob tal imperativo são contratados e remunerados artistas de todas as faixas etárias. Busca-se submeter a liberdade de criação à moedas conversíveis. Os meios de comunicação de massa querem os artistas bem comportadinhos. Que sigam o roteiro. Agora, também neste campo, quanto menos audácia e ousadia melhor! Nada de inovação. Neste pouco admirável mundo novo, que reproduz o que existe de mais árido do deserto do real é expressamente proibida a Insolência. Re-editaram as possibilidades de revolução, transformando-as em re-afirmação, com mais um bocado de restauração consegue-se atuar melhor no re-lançamento da re-conservação da miséria do possível. “Melhor assim”, “chega de inquietação”, ela faz parecer que o chão está suspenso no ar. A classe dominante quer sentir-se segura em um mundo movediço.
Ao invés da insolência, a arte é utilizada na justificação e embelezamento do empresariado, agrário, industrial e financista. “É melhor”. “É menos abstrato”. “É mais fácil de entender”. O patrão e a polícia estão “muito mais perto do povo”.
Os meios de comunicação com difusão massiva foram voltados para apologia constante do aparato policial, da superexploração e da dominação política e econômica. De segundo em segundo a televisão, com tecnologia digital, regida por grandes conglomerados econômicos, levanta barreiras que impedem que se façam campanhas midiáticas contra os assassinatos que são cometidos contra os trabalhadores e trabalhadoras sem-terra.
Então a sociedade deve para de ver tv. Não! A televisão é uma conquista da marcha histórica da humanidade, é a burguesia que tem que ser impedida de parasitá-la. A burguesia deve ser impedida de utilizar a televisão para fazer apologia  à invasão de morros e favelas, tem que ser impedida de desviar a câmera das as chacinas que são financiadas e organizadas pelo aparato repressivo do Estado burguês e pelos latifundiários. Tem que ser impedida de ser utilizada contra trabalhadores e trabalhadoras que fazem piquetes, greves e ocupações por melhores condições de vida e salário. Os monopólios dos meios de comunicação devem ser extinguidos, para que a maioria da população possa colocar  a televisão à serviço de suas lutas contra a desigualdade, a pobreza e a superexploração imposta pelo patronato industrial e agrário. A arte pode subverter a ordem com seu fogo encantado, servindo de arma nas mãos dos dominados.  Os artistas, intelectuais e afins podem somar-se as lutas sociais, organizando verdadeiras "oposições artísticas", que lutem contra as formas de dominação exercida pelas classes dominantes sobre o proletariado. Sem a derrubada dos monopólios dos meios de comunicação e de produção artística não há como avançarmos na libertação das formas e dos conteúdos. Sem lutar pela emancipação da humanidade, não há como alcançar a libertação da arte das barreiras históricas que a defrontam.

Revista ISTOÉ e "O fim do MST" – Todo apoio às lutas dos trabalhadores e trabalhadoras sem terra!

Alessandro de Moura

Nesta edição de setembro de 2011 a revista ISTOÉ, distribuída nas escolas públicas mediante financiamento do Governo do Estado e prefeituras, traz na capa uma reportagem com o título "O fim do MST". Argumenta que frente às poucas desapropriações o Movimento vem perdendo aderentes. No entanto, não diz que as poucas desapropriações se dão por conta das alianças do Governo Federal e Estaduais com fazendeiros e latifundiários. Também não trata da constante repressão que os trabalhadores e trabalhadoras sem terra vêm sofrendo desde a década de 1980. Já são cerca de 1.600 registros de dirigentes sem terra assassinados. Homens e mulheres são chacinados dia-a-dia por lutarem contra a desigualdade imposta pela concentração de terras vigente em prol dos latifundiários e da burguesia agrária. Não nos esquecemos que o MST está a três décadas sofrendo assassinatos, perseguições e prisões. Todo apoio da luta dos sem terra! Pela retirada de todos os processos contra os trabalhadores sem terra! Pelo julgamento e punição de todos os assassinos! Pela expropriação de todo latifúndio!
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A bandeira vermelha se moveu
É um povo tomando posição
Deixe o medo de tudo pra depois
Puxe a faca desarme sua mão
Fique muito tranqüilo pra lutar
Desamarre a linha da invasão
A reforma está vindo devagar
Desembocar no rio da razão
Disparada de vacas e de bois
É o povo tomando posição
É o povo tomando direção.
Zé Ramalho (Sem-Terra).
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Desde o assassinato do trabalhador agrícola Wilson Pinheiro em 1980, seguram-se dezenas de outros assassinatos no campo, como o de Marçal de Souza em 1983, Irmã Adelaide e Ezequiel Ramim em 1985. Padres Josimo Morais Tavares em 1986, Roseli Celeste Nunes da Silva e Vicente Cañas em 1987, Chico Mendes 1988. Missionária Dorothy Stang em 2005. É em meio aos processos de lutas dos trabalhadores e trabalhadoras do campo durante a década de 1980 que se organiza o Movimento dos Trabalhadores sem terra. Mesmo que setores da direção do MST tenham aderido ao governismo, apostando na disputa parlamentar, os trabalhadores e trabalhadoras sem terra continuam lutando e sendo assassinados no campo. Não podemos esquecer deste fato imprescindível!
O aparato policial e as Milícias Privadas no Campo são os principais sustentáculos da repressão a luta dos trabalhadores e trabalhadoras rurais sem terras. Foi o aparato policial que protagonizou o Massacre de Corumbiara (1995) e também o massacre em Eldorado do Carajás (1996), ocasiões em que dezenas de militantes do MST foram fuzilados pela Policia Militar. Soma-se aos massacres policiais as Milícias Privadas sustentadas pela burguesia e o patronato do campo. As milícias privadas promovem verdadeiros focos de guerra civil no campo contra trabalhadores e trabalhadoras sem terra. Basta recordarmos do Massacre de Camarazal em 1997. Dados da Comissão Pastoral da Terra (CPT) revelam que desde 1985 até inicio de 2011 ocorreram 1.580 assassinatos de sem-terra realizados pelos latifundiários devido a conflitos fundiários. Somando-se as dezenas de assassinatos de lideranças do MST durante a década de 1980, 1990 e 2000, tivemos o assassinato do sem terra Sétimo Graibaldi em 1998, de Eduardo Anghinoni em 1999 e Sebastião da Maia em 2000. Segundo a Comissão Pastoral da Terra, apenas em 2004 houveram 1.801 conflitos entre latifundiários e trabalhadores, envolvendo 1.083.232 pessoas. Apenas neste ano, em defesa dos latifúndios 39 pessoas foram assassinadas.
Durante os dois mandatos do governo Lula houve considerável favorecimento para valorização das commodities, da produção agrícola em monocultura e dos latifúndios. Ao mesmo tempo em que se fortalece-se o agronegócio, gerido pelos grande proprietários de terra e empresários do campo, mantém-se os assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras sem terra e militantes. Foi durante o governo Lula, em 2007, que assassinaram Valmir Mota de Oliveira. Em 2009 em São Gabriel, Rio Grande do Sul, na Fazenda Southall, um complexo latifundiário totalizando 14.000 hectares, 230 Policiais avançam contra cerca de 270 colonos ocupantes, a metade deles mulheres e crianças. Nesta ocasião disparam nas costas do agricultor Eltom Brum da Silva com uma escopeta calibre 12. Em 2010 Milícias assassinam o trabalhador rural Sem Terra, Gabriel Vicente de Souza Filho, de 46 anos no acampamento Bom Jesus, na fazenda Recreio, na cidade de Palmeirante.
Também durante o Governo Dilma continuam os assassinatos e ameaças contra os trabalhadores no campo. Em 2011 também presenciamos dezenas de assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras sem terra. As Milícias Privadas articularam o assassinato de Marcos Gomes, do sem-terra Obede Loyola Souza, bem como o assassinato do casal de extrativistas José Cláudio e Maria do Espírito Santo. Os latifundiários, que recebem grandes montantes de financiamento do Governo Federal, também financiaram Milícias Privadas para assassinar o sem-terra Francisco Soares de Oliveira, Adelino Ramos, e em 6 de setembro de 2011, o dirigente sem terra Leonardo de Jesus Leite. Ainda, no dia 25 de agosto de 2011, assassinaram o dirigente sem terra Valdemar Oliveira Barbosa.
Também, em 30 de agosto de 2011, em Americana (sitio Boa Vista), mais de 600 famílias foram reprimidas pela ação de reintegração de posse da Polícia Militar. Com mais de 2000 policiais, o Estado burguês mais uma vez cumpriu seu papel nefasto de defender os usineiros (no caso, da Usina Escher, de monocultura de cana-de-açúcar) derrubando as casas da ocupação com tratores, numa repressão duríssima contra os ocupantes.
Estas centenas de processos repressivos, prisões e assassinatos são elementos constituintes do expressivo ataque que os setores burgueses no campo e das cidades, junto aos latifundiários, empreendem contra as ocupações, visando manter a escandalosa estrutura  de concentração de terras, impondo privação e fome à milhares famílias, e impondo ainda a hiper-explorando a força de trabalho no campo, e sustentando semi-escravidão. Perseguem e assassinam brutalmente as lideranças combativas e lutadores no campo. Agrava o quadro o fato de que os assassinatos e ameaças contra os trabalhadores e trabalhadoras sem-terra não ganham evidência, ou simplesmente não são noticiadas pelos grandes meios de comunicação que compõem a mídia burguesa.
A revista ISTOÉ deixou de lado a oportunidade de denunciar que, neste país de latifundiários, com imensa concentração de terra, os trabalhadores e trabalhadoras sem terra têm enfrentado sistematicamente perseguições, prisões e assassinatos. Estes ataques são protagonizados pelo Estado, que ordena e organiza a repressão aos sem-terra, que em muitos casos termina com assassinatos de trabalhadores e trabalhadoras. Além disso, na composição dos poderes do Estado existe a Banca Ruralista, que em acordo com setores da burguesia industrial e financeira, defende os interesses da burguesia do campo e impedem que avancem as medidas para reforma agrária e desapropriações. Os latifundiários, empresários capitalistas no campo, patronato rural, grandes proprietários e grileiros, são os que financiam os jagunços pau-mandados para pegar em armas contra os sem-terra. Soma-se às perseguições aos trabalhadores e trabalhadoras as campanhas feitas pela mídia burguesa, que busca a cada episódio criminalizar as ações dos trabalhadores sem-terra exigindo intervenções militares e desocupações.
Entra governo e sai governo e a concentração de terras permanece. Os governos feitos pelo PT também pactuaram com setores do agronegócio, latifundiários e do patronato agrícola contra os trabalhadores e trabalhadoras sem terra. Os governos burgueses, que buscam atender interesses da burguesia do campo e das cidades, do patronato agrícola e industrial, não podem realizara reforma agrária. Então é necessário que os trabalhadores e trabalhadoras sem-terra, o proletariado agrícola, assalariados do campo, confiem apenas em suas forças e na sua capacidade de mobilização e organização. É necessário lutarmos pela expropriação das terras na marra e reorganizar a luta contra o latifúndio no Brasil em um novo marco, construindo uma sólida aliança entre os trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade. Nas cidades as organizações sindicais e partidos antigovernistas, têm que assumir a dianteira na luta pela unidade com os trabalhadores e trabalhadoras do campo. É urgente a construção de uma forte campanha contra a repressão policial e pela extinção das milícias particulares, exigindo a punição dos latifundiários e usineiros levantando o programa de expropriação destas terras, que são exploradas para produzir imensos lucros para os latifundiários e para o imperialismo. Todo apoio da luta dos sem terra! Pela retirada de todos os processos contra os trabalhadores sem terra! Pelo julgamento e punição de todos os assassinos! Pela expropriação de todo latifúndio!

10 chacinas e massacres Policiais no Brasil - Não esquecemos!

Alessandro de Moura

A história do Brasil foi construída a base de massacres de indígenas, africanos, imigrantes e seus descendentes. Também nos últimos 50 anos, neste país que permanece semi-colonial, abundam as chacinas e massacres policiais. Durante a ditadura militar burguesa centenas são assassinados e torturados. Ainda em outubro de 1963, no município de Ipatinga, em Minas Gerais, a POLICÍA MILITAR, com metralhadoras giratórias fuzila dezenas de trabalhadores que protestavam na USIMINAS. Este ficou conhecido como o Massacre de Ipatinga (http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Ipatinga). Em 1970 torturam até a morte o operário metalúrgico e militante trotskysta Olavo Hansen, dois anos depois, em 1972, a POLÍCIA MILITAR produz a Chacina do Quintino (RJ), quatro anos depois, em 1976, a Chacina da Lapa (RJ). Em 1979 o operário Santo Dias será assassinado em um piquete. Também na CSN, em Volta Redonda, frente a uma greve dos trabalhadores, novos assassinatos são protagonizados em 1988. Neste ano 2.000 mil soldados avançam contra os grevistas, três metalúrgicos sofram assassinados, centenas são brutalmente espancados.
 A saída pactuada da ditadura militar-burguesa, articulada entre partidos, centrais sindicais e sindicatos reformistas, com setores dissidentes da ditadura, impediu a punição dos torturadores e de seus patrocinadores, permitiu ainda manter estruturas e o modus operandi brutalmente repressivo contra a classe trabalhadora e a população pobre brasileira. Exemplo disso pôde ser observado em 2 de outubro de 1992, quando a POLICÍA MILITAR, coloca em evidência para quem trabalha e produz o Massacre do Carandiru, 111 internos são fuzilados.
 No ano seguinte, em 23 de julho de 1993, POLICIAIS MILITARES, em uma operação de “higienização social” pró-burguesa e pró-patronal, com várias viaturas fazem um cerco à Igreja da Candelária (RJ), e disparam contra 70 crianças e adolescentes que dormiam nas escadarias da Igreja. Esta operação ficou conhecida como a Chacina da Candelária (http://pt.wikipedia.org/wiki/Chacina_da_Candel%C3%A1ria). Dezenas ficaram gravemente feridos, oito foram assassinados, destes, seis eram menores. No mês seguinte, também no Rio de Janeiro, no dia 29 de agosto de 1993 cinqüenta de dois POLICIAIS MILITARES invadem casas em Vigário Geral e executam 21 moradores (http://www.redecontraviolencia.org/Casos/1993/245.html). A polícia produz a Chacina de Vigário Geral.
 As forças repressivas estatais também são utilizadas para reprimir a greve dos pretoleiros em 1995. Apenas na primeira quinzena de maio de 1995 havia 350 mil trabalhadores e trabalhadoras em greve. Médicos, professoras e professores, previdenciários, aeroportuários, eletriciários e servidores de universidades federais, motoristas e cobradores de ônibus, ferroviários e metroviários aderem a greve, uma grande união por melhores condições de vida. No dia 24 de maio de 1995, por meio de determinaçãodo governo FHC, o Exército foi mobilizado para conter os trabalhadores. Na ocasião o Exército ocupou quatro refinarias para forçar os trabalhadores e trabalhadoras a voltarem para os postos de trabalho. 
Também no campo a repressão policial é brutal. Em 9 de agosto de 1995 a POLICÍA MILITAR, em parceria com pistoleiros e jagunsos, protagoniza um ataque voraz contra 600 trabalhadores e trabalhadoras sem terra que ocupavam um LATIFUNDIO IMPRODUTIVO em Corumbiara, no Estado de Rondônia. A POLICÍA MILITAR produz o Massacre Corumbiara (http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Corumbiara). Os manifestantes denunciam que cerca de 100 trabalhadores foram assassinados. No ataque pelo menos 50 trabalhadores ficaram gravemente feridos. Os laudos atestavam execuções sumárias. A polícia apresenta o número oficial de 16 mortos, entre estes uma criança.
 Meses depois, em 17 de abril de 1996, a POLICÍA MILITAR bloqueia uma marcha de trabalhadores e trabalhadoras sem terra em Eldorado do Carajás. Nesta operação 150 policiais disparam contra 1500 manifestantes. 19 manifestantes são mortos, destes, pelo menos 10 foram executados a queima roupa, outras dezenas ficam feridos. A POLICIA MILITAR produz o Massacre de Eldorado do Carajás(http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_de_Eldorado_dos_Caraj%C3%A1s).
 No dia 27 de julho de 2007 a POLICÍA MILITAR protagoniza o Massacre no Morro do Alemão, 1.350 policiais, entre civis, militares e soldados da Força Nacional. Contando com execuções sumárias foram assassinadas 19 pessoas, entre estes havia três menores, entre os feridos, pelo menos 5 eram menores. A POLICÍA MILITAR produz o Massacre no Complexo do Morro do Alemão (http://pt.wikipedia.org/wiki/Massacre_no_Complexo_do_Alem%C3%A3o).
 O que há de comum entre todos estes processos? A defesa incondicional e violenta dos interesses dos industriais e dos grandes proprietários de terra, do patronato do campo e das cidades. Por eles, a polícia, esse raivoso cão de guarda, estraçalha trabalhador que nem papel.
 Não esquecemos a ditadura, assassinatos, chacinas, massacres e torturas. O aparato policial é parte imprescindível da dominação burguesa. É utilizado pelo patronato do campo e das cidades, pelos latifundiários e pela burguesia para reprimir e assassinar brutalmente os trabalhadores e trabalhadoras. As UPPs constituem táticas de uma estratégia de dominação de classe trabalhadora e da população empobrecida. É parte elementar dos mecanismos de manutenção da subalternização dos despossuidos de meios de produção. Constituí parte fundamental da manutenção do latifúndio e da superexploração do trabalho.
 Desemprego se combate com a criação de planos de obras públicas nacional que atenda toda a demanda, redução da jornada de trabalho e divisão do trabalho para todos os capazes de trabalhar. Fome se combate com a criação de restaurantes públicos gratuitos com alimentação de qualidade para toda população. Chega de transformar problemas sociais em caso de policia e em massacres!
 Pela dissolução da policia! Pela auto-organização comunitária! Os trabalhadores e trabalhadoras precisam confiar em suas forças e a partir de sindicatos, organizações de moradores (não cooptadas pelo Estado burguês) garantir sua segurança e liberdade! Fora PM! Fora UPPs!

11 de SETEMBRO: a humanidade em meio a crises, guerras e revoluções

Alessandro de Moura 

Após a derrubada do muro de Berlim, e a dissolução da burocracia stalinista em meio à burguesia, por meio de uma fusão retrograda, chegou-se a comemorar o fim da história. O fim da bipolaridade (E.U.A X URSS) inauguraria uma nova era de “paz social”, que seria garantida pela governança UNIPOLAR sob direção estadunidense. Ao mesmo tempo, a nova posição conquistada permitia aos governos imperialistas dar inicio a uma nova etapa de neocolonização do Oriente sob a cobertura da ONU e da OTAN.
A ofensiva imperialista sobre territórios orientais não se daria sem conflitos armados, como a Guerra do Golfo (1991-1998). Os assassinatos em massa de civis, violência militar contra a classe trabalhadora do oriente médio, estupros e demais formas de abuso sobre a população, instaurava condições sociais caóticas. A classe trabalhadora ficava entre a invasão imperialista e a violência das classes dominantes locais com suas milícias particulares.
Os atentados de 11 de setembro de 2001, contra as Torres Gêmeas do World Trade Center, em Nova Iorque, e contra o Pentágono, em Virgínia são desdobramentos trágicos das disputas entre burguesias. Os atentados que chocaram a humanidade, trazendo grandes perdas, eram parte constituintes dos ajustes das classes dominantes. De forma mais profunda, os atentados evidenciavam a debilidade imperialista em exercer domínio sobre aliados e inimigos do imperialismo Ocidental. Frente a isso, os Estados Unidos e seus aliados recorrerem a níveis cada vez maiores de coerção, o que se vê refletido em seu unilateralismo e na tendência crescente ao militarismo no terreno político internacional. Buscando assegurar os interesses imperialistas no oriente médio, sobretudo o domínio das jazidas de petróleo, mas com discurso de guerra “contra o terrorismo” e “ataque preventivo” em 2001 invadem o Afeganistão, foguetes e bombas são lançados sobre suas principais cidades, hospitais, mesquitas e aldeias civis. No dia 7 de Outubro de 2001, dezenas de mísseis Tomahawk foram disparados por aviões, navios e submarinos norte-americanos e ingleses contra as principais cidades do país. Esta era a "Operação Duradoura". Em 2003 tem-se nova invasão do Iraque que dura até hoje.
Em meio a estas guerras a classe trabalhadora continua sendo a mais prejudicada. São milhares de assassinatos e os casos de violação de direitos humanos. A crise econômica que aflorou em 2008 gerou crise profunda na dominação estadunidense no Oriente Médio. Sua hegemonia segue debilitada. A primavera árabe marca o inicio de uma nova etapa histórica. Temos que nos preparar ela. Fora tropas do Iraque! Não as guerras imperialistas! Guerra contra a desigualdade! Guerra contra a fome! Guerra contra a dominação burguesa!


Além dos atentados ocorridos em 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos, tivemos também o 11 de setembro de 1973, quando o imperialismo aliado à burguesia chilena financiou o golpe de Estado que deu início à ditadura de Pinochet. Esta produziu oficialmente 40 mil mortos, e mais uma imensidade de prisões, desaparecimentos e torturas (veja o curto vídeo do diretor Ken Loach: http://www.youtube.com/watch?v=7vrSq4cievs). É dessa ditadura que o Chile herdou um regime que só legalizou o divórcio em 2003, em que ser homossexual era crime até 1998, a educação segue completamente privatizada, e o terror dos fuzilamentos públicos da ditadura segue pesando sobre os que lutam contra isso e por seus direitos, como mostra a repressão brutal da polícia de Piñera às manifestações por educação gratuita, assassinando Manuel Gutierrez, um jovem de 16 anos.
Para acabar com as guerras imperialistas e golpes militares-burgueses, a classe trabalhadora precisa organiza-se independente dos interesses de qualquer fração da burguesia, do patronato e dos ricos. Não existe burguesia boa, tanto a imperialista quanto a nacionalista devem ser extinguidas. Os trabalhadores e trabalhadoras não devem combater e sofrer nas guerras imperialistas, devem reverter estas contra as próprias burguesias nacionais e internacionais. Transformar as guerras imperialistas em guerras de classe. Abaixo o imperialismo! Abaixo as intervenções militares! Viva a luta dos estudantes e trabalhadores do Chile!